o poema…
[Sinto os mortos no frio das violetas] consta da obra “Poesia”, primeiramente publicada em 1944, por Edição da Autora.
significado…
A morte pode ser sentida em tudo o que nos rodeia. A própria terra é um fantasma porque todos os mortos acolhe. A vida é um canto rodeado do silêncio que é a morte. Tudo é impermanente e uma contradição. Em vida, sempre trazemos em nós a possibilidade da nossa morte. Mas a vida é tão difícil e complexa que morrer não pode ser mais complicado do que ir de casa (sair de casa) até à rua (onde o universo nos espera)… visto de uma forma simplificada.
“Tantas vezes beijei os meus fantasmas” Lindo!
a poetisa…
Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas (de sempre), apesar de ter vivido no século XX. A primeira mulher a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa em 1999, o Prémio Camões.
A sua obra é de uma simplicidade cativante, mas que deve ser entendida como nascendo de uma complexa rede de significados e leituras. A sua ascendência familiar e condições possibilitaram que Sophia recebesse o que de melhor os tempos poderiam oferecer e, com isso, ela prosseguiu a mudar a literatura (e mentalidades) deste país.
A natureza, o mar, os jardins e as flores, o mistério, os valores pessoais, a liberdade, entre outros, são temas centrais na sua poesia.
Escreveu poesia, contos, contos infantis, ensaios, traduções e teatro. Recebeu dezassete prémios e três condecorações. A sua morada definitiva resta no Panteão Nacional.
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Obrigada e Até Breve!
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