‘Desvairada’ Florbela Espanca

o poema…

Na sua correspondência, datada de 1930, o ano da sua morte (1894-1930), Florbela Espanca começa assim: “Estou cansada, cada vez mais incompreendida e insatisfeita comigo, com a vida e com os outros. Diz-me, porque não nasci igual aos outros, (…)

significado…

Uma confissão sobre a percepcionada normalidade, sobre a felicidade de se ser igual aos outros, sobre a incompatibilidade com a vida que se experiencia e a sua atribuição a essa falta de se “ser normal”.

Um expor de sentimentos sobre a vida, sobre viver connosco próprios e com os outros, que traduz o que tantos de nós pensam, à medida que os anos avançam: Era mais fácil ser-se menos difícil. Sem dúvidas ou desejos de impossível. Era mais fácil ser mais compatível com a vida que se vive. Seria?

Não sei se existe alguma normalidade que se traduza em facilidade. Sei que menos dúvidas e desejos pouco intensos, relativizam as dificuldades percepcionadas na vida. E, isto, pode ser a diferença entre viver satisfeito ou viver em permanente desvario.

a poetisa…

Florbela Espanca. O meu tributo à sua obra deu origem a este espaço, como podem ler aqui…

Uma vida de sofrimentos íntimos e poesia arreigada, desde tenra idade, presenteou-nos com a sua obra. Viveu apenas 36 anos, mas deixou-nos uma imensidão poética difícil de igualar.

***

Obrigada e Até Breve!

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