o poema…
“Ausência” publicado, pela primeira vez, na obra ‘Mar novo’ em 1958.
significado…
Bastante auto-explanatório, parece-me. Fala-nos da magnitude da saudade. Todas as ausências que podemos encontrar neste mundo natural, e físico, que em nada se comparam com a maior, e mais profunda, ausência de todas: a de alguém que nos é especial.
Alguém que amamos. Alguém que nos faz falta. Alguém que, por algum motivo, não está connosco. Seja qual for a natureza do sentimento que nutrimos por essa pessoa.
Qualquer desespero sentido no decorrer dessa ausência, seria sempre mais profundo do que o provocado pela perda de qualquer outra coisa, considerada imprescindível à nossa própria existência.
De uma pungência e simplicidade brutais. Adoro!
o poeta…
Sophia de Mello Breyner Andresen, uma das mais importantes poetisas portuguesas (de sempre), apesar de ter vivido no século XX. A primeira mulher a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa em 1999, o Prémio Camões.
A sua obra é de uma simplicidade cativante, mas que deve ser entendida como nascendo de uma complexa rede de significados e leituras. A sua ascendência familiar e condições possibilitaram que Sophia recebesse o que de melhor os tempos poderiam oferecer e, com isso, ela prosseguiu a mudar a literatura (e mentalidades) deste país.
A natureza, o mar, os jardins e as flores, o mistério, os valores pessoais, a liberdade, entre outros, são temas centrais na sua poesia.
Escreveu poesia, contos, contos infantis, ensaios, traduções e teatro. Recebeu dezassete prémios e três condecorações. A sua morada definitiva resta no Panteão Nacional.
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Obrigada e Até Breve!
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