‘Tabacaria’ de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

não sou nada

É assim tão esquisito olhar para a vida como se fôssemos outra pessoa? Não me parece. Até temos um nome para isso. Chama-se empatia.

Fernando Pessoa foi um daqueles autores que capitalizou essa forma de escrever. Criou uma série de alter-egos, os heterónimos, como se fossem pessoas diferentes dele próprio. E, é o que eles eram.

Muito ouvi queixar-se de que não entendiam Pessoa, porque não compreendiam porque tinham de conhecer todas aquelas personas diferentes. Ser capaz de se colocar, por inteiro, na posição do outro e escrever sobre o mundo de uma forma diferente de quem somos, é um feito tremendo. Mas, a empatia é um feito tremendo.

O início do poema ‘Tabacaria’ por Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), datado de 1928.

Mas, muito mais há neste poema com que nos identificarmos…

Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

‘Tabacaria’ de Álvaro de Campos

Sobre quem somos e, não sabermos quem somos. Sobre desejar ser algo e, reconhecer a futilidade de tal coisa. Sobre tudo o que era suposto ser, mas nada é. E, tantas outras coisas que encontramos em ‘Tabacaria’, que são mas não se deixam ver.

Obrigada e Até Breve!

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